sábado, 19 de novembro de 2011

Recursos Educacionais Abertos: Potencialidades e Desafios

A Unesco utilizou pela primeira vez o conceito Recursos Educacionais Abertos em Julho de 2002. Segundo Hilen são materiais digitais disponibilizados de forma livre e aberta para professores e alunos para que os possam utilizar no processo ensino / parendizagem.
A Fundação William e Flora Hewlett define os Recursos Educacionais Abertos (REA) como "recursos para o ensino, a aprendizagem e a pesquisa que residem no domínio público ou foram publicados sob uma licença de propriedade intelectual que permite seu livre uso. Os REA incluem cursos completos, conteúdos para cursos, módulos, livros, vídeos, testes, softwares e ‍quaisquer ‍outras ferramentas, materiais ou técnicas usadas que suportem e permitam o acesso ao conhecimento.
Em jeito de conclusão podemos definir os Recursos Educacionais Abertos (REA) como sendo materiais digitais gratuitos para que qualquer pessoa possa utilizá-los no ensino e na aprendizagem:
A definição de REA tornou-se muito abrangente incluindo não só os conteúdos de aprendizagem, ou seja, temas de aprendizagem, cursos completos, material didático, vídeos; mas também ferramentas de software livre, ou seja, comunidades de aprendizagem online, software para colaborar a criação, melhoria do conteúdo de aprendizagem aberto; e os "recursos para implementação", ou seja, licenças de propriedade intelectual, que tem como objectivo promover a publicação de materiais abertos.
Pode-se constatar que a definição de REA é muito abrangente, ou seja, verifica-se que existe uma grande diversidade de materiais online que podem ser considerados como recursos educativos.
Instituições educacionais, professores e estudantes deverão ter acesso ao conteúdo aberto oferecido gratuitamente. No entanto, o conteúdo deve ser licenciado de uma forma liberal para que possa ser re-utilizado em actividades educacionais e livre de limitações que o impeçam de ser modificado. Os sistemas e ferramentas a serem utilizados‍ tenham um código-fonte disponível e que as Interfaces de Programação de Aplicativos sejam oferecidas e licenças para re-utilizar as potencialidades Web.
A utilização dos REA tem vindo a ganhar adeptos por todo o mundo, podem ser utilizados pelos professores de forma a dinamizar o processo ensino/aprendizagem e motivar os alunos (em vez de utilizarem o manual); através dos REA os alunos podem criar e partilhar informação; promover a aprendizagem ao longo da vida; aceder a cursos livremente sem restrição de horário.
O conceito Recursos Educacionais Abertos surgiu com base no principio de garantir que todos podem ter direito à educação. Os professores universitários devem estar conscientes das potencialidades que os REA podem oferecer no processo ensino/aprendizagem.
No âmbito da UNESCO os REA têm vindo a assumir-se como um dos paradigmas exemplar de futuro, um caminho a seguir e uma aposta numa forma de educar.
Independentemente dos REA serem recursos livres e abertos, estão muitas vezes ligados a um sistema de licenciamento especial, no sentido de garantir os direitos dos autores, ou seja, pretende-se evitar que outros possam beneficiar monetariamente do trabalho "altruísta" se outos indivíduos. O Creative Commos é a licença para conteúdos abertos, sendo actualmente utilizada para licenciar documentos em formatos digitais.
Referências Bibliográficas
Dutra, R. & Tarouca, L. (s.d.) Recursos Educacionais Abertos (Open Educational Resources) http://www.cinted.ufrgs.br/ciclo9/artigos/4fRenato.pdf
Gurell, Seth (autor) & Wiley, David (editor) (2008). OER Handbook for Educators 1.0. http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one
Matos Pereira, Paulo Manuel de, (2010), Integração de Recursos Educativos Abertos num Modelo Pedagógico de Ensino-Aprendizagem
Mota, J. (2011) Recursos Educacionais Abertos: Potencialidades e Desafios http://www.slideshare.net/MPeL/recursos-educacionais-abertos-9843635

domingo, 13 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Paradigmas e Métodos

O Paradigma positivista (quantitativo) para a qual objectividade é a palavra chave deste paradigma, o investigador deve ser o mais neutro possível para não interferir na realidade. Neste paradigma, importa conhecer as relações causa-efeito, tendo como objectivo prever, explicar e controlar fenómenos. A metodologia é de cariz quantitativo e baseia-se no método dedutivo.


No Paradigma interpretativo (qualitativo) é valorizado o papel do investigador. Substitui as noções prever, explicar e controlar (do paradigma anterior) pelas de compreensão, significado e acção. Este paradigma procura significados. Contrução indutiva; utilizam-se, preferencialmente, técnicas de observação.


O Paradigma crítico significa intervir na situação ou contexto e baseia-se no método indutivo e dedutivo.

Etapas do Processo Investigativo

A "viagem da investigação" tem como objectivo contribuir para o enriquecimento do conhecimento na área em que se optou por realizar a investigação. Implica Escolhas em termos do Tema e em termos das Hipóteses específicas a testar. Obriga a uma Planificação dos Métodos de recolha de dados e implica que se Antecipe, para planear as análises de dados antes de começar a componente empírica da investigação.


A hipótese faz "uma ponte" entre a parte teórica e a parte empírica da investigação; deve justificar o trabalho da parte empírica da investigação e como tal deve ser claramente formulada. Podem existir diferentes hipóteses, sendo que todas deverão ser estritamente relevantes para o tema da investigação.


Na escolha do tema, este implica o domínio da literatura e da "cultura" da área académica.
Um trabalho de investigação ideal é aquele que apresenta uma investigação relativamente curta em escala, com hipóteses simples, claras e bem delineadas a partir da literatura existente.


Um tema deve representar um assunto específico, um problema ou uma linha de investigação, para o qual existe literatura desenvolvida e sobre o qual há teorias e trabalhos empíricos publicados. Para a escolha do tema sugerem-se os seguintes passos: 1º encontrar uma área geral de interesse; 2º encontrar um tema dentro da área geral escolhida.


Como resultado do passo anterior, o investigador deve ficar com um conjunto vasto de informações. A partir daqui surge uma nova fase de investigação que corresponde à Revisão da Literatura que tem como objectivo encontrar uma ou mais hipóteses gerais para a investigação empírica.


Para que a teoria possa progredir, as ciências sociais utilizam dois tipos de abordagem: Método indutivo e método dedutivo. O primeiro é o processo de generalização em que as observações específicas são utilizados para criar uma teoria. O Método dedutivo é quase o contrário do primeiro, no sentido em que a teoria já existe e é utilizada para prever os dados.


Nesta fase passa-se para a recolha e análise dos dados e, posteriormente, para resultados e respectivas conclusões. Ou seja, nesta etapa o investigador apresenta as conclusões sobre o seu problema de estudo.


Por último, é elaborada a redacção do relatório onde fica registado todo o processo de investigação.

domingo, 30 de outubro de 2011

Que métodos se podem definir em investigação educacional?

Método indutivo e método dedutivo. O primeiro método parte de questões particulares para questões generalizadas. O segundo faz uso da dedução para chegar a uma conclusão sobre determinadas premissas.

Quais as grandes diferenças entre investigação quantitativa e qualitativa?

A investigação quantitativa utiliza instrumentos estruturados (questionários) para recolher dados e os resultados obtidos são apresentados de forma estatística, ou seja, deve ser representativa de um determinado universo no sentido em que os seus dados devem ser generalizados para aquele universo. O objectivo da investigação quantitativa é medir e permitir testar hipóteses. Os resultados obtidos não induzem a erros de interpretação pois são concretos.
A investigação qualitativa utiliza, igualmente, instrumentos de recolha de dados como a observação participativa, a entrevista em profundidade e a análise documental. E a mais utilizada em educação. E uma pesquisa indutiva pois os investigadores desenvolvem conceitos e chegam à compreensão dos fenómenos a partir de padrões provenientes da recolha de dados. E um método humanístico, ou seja, os investigadores não reduzem as palavras e os actos em equações estatísticas como na investigação quantitativa. Os investigadores são sensíveis ao contexto pois os actos, palavras e gestos só podem ser compreendidos no seu contexto. E naturalista pois a fonte directa de dados são as situações consideradas naturais. Os investigadores tentam viver a realidade da mesma forma que os sujeitos, ou seja, demonstram empatia, identificam-se com eles para tentar compreender como encarar a realidade. Os investigadores interessam-se mais pelo processo de investigação do que unicamente pelos resultados ou produtos que dela decorrem. A preocupação principal deste método não é se os resultados podem ser generalizados.

domingo, 23 de outubro de 2011

E-portefólio: um estudo de caso

Alves (2007) realça a importância de portefólios electrónicos pois tornam o ambiente escolar mais moderno e atual. As escolas, nos dias de hoje, têm um papel mais amplo, ou seja, não basta transmitir informação ao aluno mas, contribuir para que se torne um cidadão "auto-realizado". (...)

sábado, 22 de outubro de 2011

e-portefólio

Apresento o meu E-portfólio da UC Metodologias de Investigação em Educação onde pretendo reflectir e dialogar sobre os conhecimentos adquiridos ao longo do 2º semestre.
Deixo a sugestão do seguinte livro que poderá ser bastante útil nesta UC: Metodologias da Investigação em Psicologia e Educação de Leandro S. Almeida e Teresa Freire. A editora é a Psiquilibrios.

Modalidades de pesquisa em educação (2/2)



"Como se produz um bom aluno?"




É uma excelente questão e seria um excelente tema de debate e partilha de ideias.



Augusto Cury (2009) em Liberte-se da prisão das emoções refere que as escolas formam pessoas cultas, mas não pessoas capazes de pensar, refletir e/ou questionar. "Educar não é informar, mas formar pensadores, homens que pensam". Atualmente, o professor não é a única fonte para obter informação, a sua autoridade e sabedoria é questionada pelo estudante que, hoje em dia, tem acesso a fontes múltiplas de informação. Os professores nos dias de hoje e, aos olhos dos alunos, são pessoas desinteressantes em relação à televisão e à internet. No entanto, e voltando à questão inicial será que são os professores, a internet, a televisão e outros meios de comunicação o essencial para produzir um bom aluno? Ou é necessário algo mais, ou seja, o aluno deverá ter interesse em aprender. Essa iniciativa deverá partir dele?!

Tema 1 - O Processo de Investigação



Modalidades de pesquisa em educação (1/2)

Pesquisar, investigar é "desvendar o mundo", é rever o que foi feito (referências bibliográficas) é colocar novas questões, surgem novas dúvidas. Pesquisar é descobrir, "impulsionar" trabalho, é tirar conclusões. Pesquisar é construir, avançar, retroceder, impulsionar. Pesquisar é atuar, desenvolver, produzir conhecimento.